Tenho uma depressão,
que me queima a alma,
seca-me o sangue,
seca-me o coração,
aperta-me o peito contra uma rocha,
fere-me o corpo com a escuridão,
deste castelo que é esta vida maldita e bela,
com fome e tudo e nada.
Sinto-me gelada,
arder no fogo de um tronco da árvore,
do poço profundo que é a minha alma,
olho para mim e não me reconheço,
já não sei quem sou,
serei um pedaço de carne podre sem sangue sem alma.
Neste mundo selvagem e feio,
como uma peste de inveja e ódio,
sinto a minha alma gelada e morta,
como se fosse as águas do rio,
choram de amor, choram de frio,
choram por tudo e por nada.
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